Não consumo habitualmente açúcar. Sempre que me é possível substituo pelo adoçante. Em casa tenho imensos: líquidos, em pó, em drageias, para receitas de forno...
Mas pergunto-me sempre se fará mal. É um produto muito processado.
A indústria alimentar criou substâncias adoçantes para substituir o açúcar tradicional, a sacarose.
A sacarose pode causar cáries, fornece calorias e influencia o nível de açúcar no sangue (glicémia). Há dois tipos de substitutos: os polióis e os edulcorantes intensos. Estão disponíveis sob a forma de edulcorantes de mesa usados, por exemplo, para adoçar o café, mas também como aditivos em produtos de pastelaria e confeitaria, refrigerantes, lácteos e doces, entre outros.
Sem açúcar não significa zero calorias
•Alguns alimentos com edulcorantes não contêm açúcar, mas isso não significa que sejam menos calóricos. Por vezes, têm outros açúcares (frutose ou glucose, por exemplo) ou gordura no seu lugar.
•Os ciclamatos e a sacarina não são aconselháveis devido a potenciais efeitos cancerígenos. Cuidado com as doses de polióis, para evitar distúrbios gastrintestinais.
•A Organização Mundial da Saúde aconselha que os açúcares adicionados nos alimentos não forneçam mais de 10% das calorias: cerca de 50 g numa dieta diária de 2000 kcal. Com moderação, os açúcares não são nocivos.
Aspártamo: dúvidas esclarecidas
•O aspártamo encontra-se em refrigerantes, produtos lácteos, pastilhas, rebuçados e nalguns medicamentos. Tem sido acusado de desencadear crises de epilepsia, esclerose múltipla, lúpus sistémico, etc. A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos concluiu não haver motivo para alarme e várias investigações já revelaram que é seguro.
•Mas as pessoas com fenilcetonúria não podem ingeri-lo, sob pena de causar danos cerebrais: é uma doença congénita que se caracteriza pela falha de uma enzima que metaboliza a fenilalanina no sangue (aminoácido que aparece na digestão do aspártamo). Os rótulos dos alimentos devem mencionar que “contêm uma fonte geradora de fenilalanina”. Nalgumas pessoas sensíveis ao aspártamo, podem surgir reacções alérgicas, cefaleias e perturbações da visão.
Para uma utilização segura
•O uso de edulcorantes em crianças não se justifica, sobretudo dos intensos, cuja dose diária admissível pode ser rapidamente atingida, devido ao baixo peso. Prefira alternativas como a fruta e lacticínios, em vez de lanches e bebidas doces.
•Na gravidez, o acessulfame K e a sacarina não são aconselhados, por atravessarem a placenta. Contudo, não há provas de que sejam nocivos para o feto.
•Os edulcorantes intensos, como os adoçantes usados no café, podem ser úteis para emagrecer. Mas não fazem milagres. A sua utilização de nada serve se comer muito ou ingerir alimentos excessivamente calóricos.
•Os açúcares não são proibidos aos diabéticos, desde que consumidos de forma controlada: não devem contribuir com mais de 10% das calorias, ou seja, 50 g por dia para um valor energético de 2000 kcal. O ideal é tomar algo doce após as refeições, para evitar a subida repentina da glicémia.
•A melhor protecção contra as cáries é lavar os dentes regularmente, sobretudo depois das refeições.
Fonte:
http://www.deco.proteste.pt/nutricao-e-dietas/adocantes-mitos-e-realidade-s567481.htm